segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Bênçãos São Compradas Com Ofertas?


 

O que era a oferta de 2 Coríntios capítulos 8 e 9?
 
Quero por meio desta, apresentar refutações bíblicas para a Teologia da Prosperidade pregada por muitos televangelistas brasileiros e americanos. Todos eles usam alguns versículos do nono capítulo de segunda Coríntios para convencer as pessoas a ofertarem altas quantias em dinheiro em nome do evangelismo, de campanhas inventadas, de "unção" ou "bênção" e de compra de bens para os seus ministérios.
 
Todos eles distorcem descaradamentes os textos bíblicos para convencer as pessoas que não conhecem a Bíblia a doar valores específicos.
 
Será que é isso mesmo que a Bíblia ensina?
 
O que diz a Escritura sobre a oferta em 2 Coríntios 8 e 9?
 
Vamos deixar a Escritura falar por ela mesma:
 
1. A oferta que Paulo mencionou em 2 Coríntios 8 e 9 era:
 
A. A participação na assistência aos santos (2 Co. 8.4; 9.1).
B. O alívio para os necessitados (2 Co. 8.14).
C. O suprimento para os necessitados (2 Co. 8.14; 9.12).
D. O compartilhamento de bens com os necessitados (2 Co. 9.13).
 
O autor sagrado em momento algum falou sobre oferta para manter o seu ministério, muito menos para sustentar programa de TV, cruzadas evangelísticas, viagens, projetos, ou condições para receber algum tipo de "unção".
 
2. A oferta destinada aos crentes necessitados deveria ser doada deste modo:
 
A. Voluntariamente (2 Co. 8.3,4,11,12; 9.2, 5).
B. Com autodeterminação (2 Co. 9.2,5,7).
B. De acordo com os bens (2 Co. 8.11,12).
 
3. A oferta destinada aos crentes necessitados tinha estes objetivos:
 
A. Dar alívio aos necessitados sem sobrecarregar ninguém (2 Co. 8.13).
B. Viabilizar uma cooperação mútua entre os irmãos (2 Co. 8.14).
B. Estabelecer a igualdade entre os irmãos (2 Co. 8.13-15).
 
4. A oferta destinada aos crentes necessitados foi administrada da seguinte forma:
 
A. Os irmãos de confiança das igrejas supervisionaram a ministração das ofertas (2 Co. 8.16-23).
B. A oferta foi aplicada com transparência diante dos homens e de Deus (2 Co. 8.20,21).
 
5. A oferta destinada aos crentes necessitados produziria estes efeitos:
 
A. A colheita na mesma proporção do que foi semeado (2 Co. 9.6).
B. As necessidades supridas dos ofertantes (2 Co. 9.8).
C. O suprimento e multiplicação de sementes e o crescimento dos frutos da justiça dos ofertantes (2 Co. 9.10).
D. O enriquecimento de todas as formas, para poder exercer a generosidade em qualquer ocasião (2 Co. 9.11).
E. A gratidão e o louvor dos crentes necessitados em relação a vida dos ofertantes (2 Co. 9.12,13).
 
Conclusão:
 
1. A oferta era destinada para os crentes necessitados.
2. A oferta deveria ser doada voluntariamente, de acordo com os bens e conforme o a determinação do coração.
3. A oferta tinha como objetivo proporcionar igualdade entre os crentes.
4. A oferta foi administrada por irmãos idôneos, confiáveis e respeitados por todas as igrejas, e foi aplicada com transparência diante dos homens e de Deus.
5. A oferta que supriu as necessidades dos cristãos resultaria em provisão para os ofertantes.
 
Aplicações bíblicas do texto:
 
1. A oferta tem como propósito suprir a necessidade dos cristãos.
2. A oferta só tem sentido se for feita voluntariamente.
3. A oferta iguala o ofertante com o necessitado.
4. A oferta tem que ser administrada com zelo, coerência, temor e transparência.
5. A oferta garante ao ofertante suprimento e mais condições de oferta no futuro.
 
A oferta no contexto bíblico teve a finalidade de suprir apenas as necessidades dos cristãos. Qualquer coisa que seja dito ou ensinado diferente da inteção do autor sagrado é HERESIA.
 
 
Pastor Renato Corumbá

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